sexta-feira, 5 de julho de 2024

Portugal


História de Tomar

Por Turismo Tomar, página oficial

As origens de Tomar recuam há mais de 30 mil anos, como revelam os vários achados arqueológicos que comprovam a presença humana no território. Sabemos que por cá estiveram Romanos, Bárbaros, Suevos, Visigodos e Árabes – e todos deixaram marcas da sua passagem.


Castelo de Tomar


Foi em 1159 que D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, doou este território à Ordem do Templo, como recompensa pelo auxílio prestado na formação do reino e pelos grandes feitos militares alcançados. Um ano mais tarde, seriam os Cavaleiros Templários e o Grão-Mestre Gualdim Pais a mandar construir o Castelo, que viria a ser a sede da Ordem em Portugal, e a fundar a vila de Tomar.

Em 1312, com a reforma imposta pelo rei francês Filipe IV e pelo Papa Clemente V, a Ordem do Templo é extinta. Em Portugal, sob a proteção e com o empenho de D. Dinis, esta é convertida na Ordem de Cristo, recebeu o título de governador da Ordem de Cristo. A Ordem teve um papel preponderante na grande empreitada dos Descobrimentos Marítimos, cuja estratégia aqui começou a ser delineada. Mais tarde, com D. Manuel I e depois com seu filho D. João III, este crescimento exprime-se também a nível artístico e comercial.

Acorrem a Tomar grandes artistas nacionais e internacionais, como João de Castilho, Oliver de Gand, Diogo de Arruda, Gregório Lopes, João de Ruão e Diogo de Torralva, entre outros.

A partir de finais do século XIV, assistimos, também, à expansão e crescimento da comunidade judaica. Esta comunidade abastada, com fortes ligações à Ordem, contribui largamente para os Descobrimentos, quer através de importantes contribuições financeiras, quer através dos seus vastos conhecimentos técnicos especializados. Oriunda sobretudo de Espanha, instala-se na vila e desenvolve uma importante atividade comercial. Após o édito manuelino de expulsão e conversão dos Judeus, muitas das famílias judaicas não convertidas abandonam o país, mas as marcas da Judiaria permanecem, deixando para sempre, em Tomar, um importante legado: a sua sinagoga.

No ano de 1581, Filipe II de Espanha convoca as cortes, em Tomar. É no período filipino que é construído o Aqueduto dos Pegões Altos, com o fim de abastecer de água o Convento de Cristo.


Sinagoga


Os séculos XVIII e XIX foram de florescimento industrial, com a instalação da Real Fábrica das Sedas e, mais tarde, da Real Fábrica de Chapéus. Pela mão de Jácome Ratton e de Timóteo Verdier, é construída a Fábrica de Fiação. Também a indústria do papel prosperou neste território, com as Fábricas do Prado, da Matrena e de Porto de Cavaleiros.

Na sequência da visita da rainha D. Maria II, em 1844, a vila de Tomar é elevada a cidade.

Os finais do século XIX encontram-se bem caracterizados na importante coleção de fotografias de Silva Magalhães, o primeiro fotógrafo de Tomar.

No dealbar do século XX, Tomar será uma das primeiras cidades do país a possuir iluminação pública, graças à central elétrica instalada pela empresa Cardoso d'Argent no antigo Lagar de Pedro d'Évora. Esta central é vendida em 1910 à Sociedade Manuel Mendes Godinho, para alimentação da moagem A Portuguesa. Ao longo do século XX, Manuel Mendes Godinho será uma figura incontornável do desenvolvimento da cidade, criando um importante grupo económico que subsistiu até às últimas décadas do século.

Em 1983, a singularidade do conjunto do Castelo Templário e Convento de Cristo é reconhecida pela UNESCO, que o classifica como Património da Humanidade.

De então para cá, tem vindo a afirmar-se a vertente turística da cidade, assente na sua riqueza patrimonial e cultural.

Acesso em 05/07/2024
https://www.visit-tomar.com/Home/Page/TomarHistory


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