domingo, 23 de abril de 2023

Templários

O Marco de Touros

23/04/2023 - A Terra de Santa Cruz




O Marco de Touros é um padrão feito de Mármore chantado em 07 de Agosto de 1501 pelo Navegador Português Gaspar de Lemos em área que hoje se encontra a divisa dos municípios de São Miguel do Gostoso e Pedra Grande no litoral do Rio Grande do Norte. O objeto tinha a finalidade de atestar a metrópole como descobridora e detentora daquela terra que mais tarde se chamaria Brasil.

É considerado o monumento colonial mais antigo do Brasil é o primeiro registro dos portugueses no país, fazendo parte do Patrimônio Histórico Nacional, foi tombado pelo processo número 680 em 1962 com o objetivo de perpetuar a memória dos Brasileiros sobre o primeiro ponto da costa brasileira delimitado pelos portugueses.

Na “História do Rio Grande do Norte”, de Luís de Câmara Cascudo, lê-se o seguinte: “No sábado, 2 de maio de 1500, Pedro Álvares Cabral largou de Porto Seguro para as Índias e a nau dos mantimentos seguiu, voltando para Portugal, com o encargo de enunciar ao Rei o encontro da terra de Santa Cruz. 

O comandante desta nau era Gaspar de Lemos. […] D. Manuel recebendo a notícia do encontro da terra do Brasil, assim chamado pela abundância e excelência dessa madeira, mandou uma expedição à região que Cabral tomar posse para a Coroa. Comandou essa armada, de três caravelas, Gaspar de Lemos e nela viajou o florentino Américo Vespúcio, depois Piloto-Mór de Castela. […] Gaspar de Lemos largou de Lisboa em maio e voltou em setembro de 1501. Esta é a armada que chega ao Cabo de S. Roque (segundo o maior cômputo de probabilidades) e chantou o marco, ainda existente, na chamada PRAIA DOS MARCOS (5o 4′, latitude sul por 35o 48′ 30” de longitude W, meridiano de Greenwich”. […] Partindo, Gaspar de Lemos deixou um sinal de sua passagem como testemunha da posse del-rei de Portugal. Chantou um marco de pedra lioz, o mármore de Lisboa, tendo no primeiro terço a Cruz de Cristo em relevo, e abaixo as armas do Rei de Portugal, cinco escudetes em cruz com cinco bestantes em santor sem a bordadura dos castelos. Já no mapa de João Teixeira, anterior a 1612, indica-se o lugar com o nome de “marco antigo”. Nenhuma outra expedição oficial tocou nas costas do Rio Grande do Norte, Nicolau Coelho em 1503, Cristóvão Jaques em 1516 e 1526, Martim Afonso de Souza em 1530″.


As 7 Maravilhas do Mundo Moderno


Cristo Redentor                Brasil
Machu Picchu                   Peru
Chichén Itzá                     México
Coliseu                             Itália
Ruínas de Petra               Jordânia
Taj Mahal                          Índia
Grande Muralha               China

Brasília Católica

Histórico

O Cruzeiro, Seria o Monumento mais antigo do Plano Piloto ?

A Cruz de madeira foi erguida em abril de 1955 por Bernardo Sayão, a pedido do Marechal Pessoa, no ponto mais alto do Plano Piloto, com pau-Brasil, também conhecido como madeira judaica. Posteriormente foi erguido um cruzeiro maior com aroeira trazida de Planaltina. O cruzeiro foi erguido 2 anos antes da Primeira Missa de Brasília, celebrada em 3 maio de 1957, considerada o batismo da cidade.

O Cruzeiro é o verdadeiro marco zero do Plano Piloto, ponto fulcral da história de Brasília, a praça que tudo testemunhou. O ponto onde foi iniciada a locação do projeto do Plano Piloto, a estação V8, Marco Geodésico do IBGE, está localizado junto ao Cruzeiro.


O Cruzeiro em maio de 1956, o primeiro marco de delimitação da região da futura capital. Notar que ao lado da cruz foi erguido um pequeno palanque para fotos e mirante. Foto Revista Brasília.

Curioso notar que o Cruz  está localizada no centro do grande coração onde foi erguido o Plano Piloto, alinhado com a cachoeira do Paranoá e o rio São Bartolomeu.

Mapa topográfico do Distrito Federal
Legenda: (1) Cruzeiro, (2) Cachoeira do Paranoá, (3) Rio São Bartolomeu


Em 29 de setembro de 1958, entra em operação o primeiro reservatório de água de Brasília, o R2 com capacidade de 30 milhões de litros, localizado próximo do Cruzeiro (Alto da Mira).


Concepção do Plano Pilote de Brasília por Lúcio Costa




A Eucaristia

O Congresso Nacional representa a Eucaristia. A cúpula do Senado (à esquerda) tem o desenho do hieróglifo que representa o Pão. A cúpula da Câmara dos Deputados (à direita) representa a Taça da eucaristia. O Congresso é um altar em contato com o céu, voltado para o nascente, representado pelo alinhamento dos dois obeliscos do Congresso.

O Congresso e a Eucaristia

A alvorada de 21 de abril e a Eucaristia
O Sol também nasce na direção da Terra Santa
O H representando a humanidade


Em outubro de 1991, o Papa João Paulo II em sua visita a Brasília celebrou uma missa campal na Esplanada dos Ministérios, tendo o Congresso Nacional como fundo.


Primeira visita do Papa João Paulo II em 1980
800 mil fiéis na Esplanada dos Ministérios
Foto Folhapress


O mesmo Papa que em primeiro de março de 1985, concedeu uma bênção apostólica à Tia Neiva e a Mário Sassi do Vale do Amanhecer.




Cada superquadra um conto

Seguindo a numeração o Plano Piloto de Brasília conta com 16 fileiras de superquadras, 1+6 =7. Com o sete representando a perfeição espiritual, o caminho de Deus.

No entanto, cada asa conta com 60 superquadras, 15 x 4, pois não existe a primeira fileira de superquadras, a numeração começa nas quadras 102, 202, 302 e 402.

O Rosário também tem 60 contas, conforme as fotos:


O Rosário e o Evangelho
O caminho de Deus

O Rosário
Corrente de forças

Plano Piloto de Brasília

Congresso Nacional
"Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Derradeiro, o Princípio e o Fim"
Apocalipse 22:13


As torres do Congresso, cada uma com 28 andares, também pode representar um livro semiaberto, representando o Evangelho, o caminho de Deus, representado pelo próprio sol que se alinha entre suas páginas. O desenho formado do H representa a humanidade.


Bíblia Sagrada

Bíblia Sagrada


A Praça do Cruzeiro


A estação (V8), localizada junto ao Cruzeiro a partir da qual foi referenciado o sistema de amarração topográfica do Plano Piloto. Amplia


Entardecer na Praça do Cruzeiro
Foto TripAdvisor


A Praça dos Três Poderes foi idealizada por Lúcio Costa, segundo ele "os três poderes são três", nada melhor do que representá-los num triângulo equilátero com o Congresso em destaque.

Parque Ecológico Dom Bosco

Na época de fundação de Brasília, o governo federal doou ao Mosteiro de São Bento, com sede em Olinda, o terreno para construção do Mosteiro de São Bento de Brasília, instalado somente em 14/07/1987 com sede provisória. O mosteiro, erigido em priorado conventual, foi inaugurado em 05/10/1995.

A missão portuguesa

O alinhamento do eixo da Capela de São Julião do Forte de São Julião da Ericeira de Carvoeira, Portugal, aponta para a Embaixada de Portugal de Brasília.


Igreja de São Julião do Forte de São Julião da Ericeira
em Carvoeira, Portugal
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Por sua vez a Capela de São Julião foi construída na mesma latitude do Convento e Palácio de Mafra, que dista 8 Km do litoral e que curiosamente re
presenta a Jerusalém Celeste e a Missão Apostólica de Portugal em terras desconhecidas.

O Palácio de Mafra conta inclusive com uma rosácea na sua porta, indicando as rotas marítimas portuguesas.

Vale lembrar que São Julião, o hospitaleiro, também é padroeiro dos marinheiros em Portugal.


Mafra, Portugal
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A Embaixada de Portugal em Brasília, curiosamente se localiza ao lado de setor religioso que abriga a Catedral Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a mesma que é padroeira de Portugal. Como se confirmasse sua missão apostólica no Brasil.

A Embaixada de Portugal também é a mais próxima da Esplanada, atestando sua importância para o Brasil.


Esplanada dos Ministérios, Brasília
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Mapa - Eixo entre a Capela de São Julião em Carvoeira e a Embaixada de Portugal em Brasília, no Google Maps

Vídeo - Praia de São Julião, Mafra


A Rosa dos Ventos da Praça dos Cruzeiros

Praça do Cruzeiro
A calçada que indica o caminho do Egito, Terra Santa e do Tibet
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Distrito Federal
Nascentes do rio São Bartolomeu
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Egito e a Terra Santa
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Terra Santa
Nascentes do rio Jordão na encosta do Monte Hermon
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Curioso notar que o alinhamento entre a Praça do Cruzeiro e Cafarnaum, a cidade de Jesus, passa em cima da Igreja de São Sebastião de Planaltina, a mais antiga do Distrito Federal.


Igreja de São Sebastião de Planaltina DF
Foto Correio Braziliense


REFERÊNCIAS:

Patrimônio em Transformação. IPHAN DF. 2017. p.38.

Chico Xavier

Reencarnações conhecidas

01    Patriarca Isaac, Canaã, 1896 a.c.-1716 a.c.

02    Rainha Hatshepsut, Egito, 1542 a.c.

03    Rainha Chams, Egito, 800 a.c.

04    Profeta Daniel, Jerusalém, 622 a.c.- 550 a.c.

05    Platão, Atenas, fundou a Academia junto à Via Sacra, 428-348

06    Allan Kardec, sacerdote druída, celta, século I a.c.

07    João Evangelista, tempo de Jesus    

08    Santo Antão do Egito (251-356), monge

09    São Gastão, França, por volta de 540

10    Integrante da Família Brissac, França

11    São Francisco de Assissi, Italia, 1182-1226

12    Santa Brígida, Suécia, 1303-1373
    
13    João Huss, República Tcheca, 1375-1415

14    São Francisco de Paula, Italia, 1416-1507

15    Padre Manuel de Paiva, Portugal, 1508-1584

16    René Descartes, França, 1596-1650

17    Consuelo Dolores, Barcelona, Século XVIII

18    Allan Kardec, França, 1804-1869

19    Maria Efigênia, criança que faleceu com 6 meses, 1908

20   Francisco Cândido Xavier, 1910-2002


REFERÊNCIAS:







Umbria

Histórico

Terra natal de São Francisco, padroeiro da Italia.


Vestígio arqueológico celta na Umbria, com a cruz celta, a suástica, simbolo sagrado do hinduismo e uma espiral

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Rio de Janeiro - Planalto Central

Histórico

A Via Sagrada Rio de Janeiro - Planalto Central é um caminho de evangelização para o coração da América Sul, que começou a ser efetivamente construído após a descoberta de ouro em Minas Gerais, que viabilizou a construção das Estradas Reais São Paulo - Minas Gerais e Minas Gerais - Rio de Janeiro.

A Via Sagrada é definida pelo alinhamento entre a porta da Igreja da Penha, erguida no alto de uma montanha de pedra, e o Farol da Ilha Rasa, localizado numa ilha de pedra de desenho triangular no meio do Oceano Atlântico.


Definição do eixo da Via Sagrada no Rio de Janeiro


Etapas de Construção da Via Sagrada Rio de Janeiro-Planalto Central

1ª) Encontro da Via Sagrada Templária com a Via Sagrada Andina (Caminho de Peabiru) na Baixada Santista. Fundação das villas de São Vicente e de São Paulo de Piratininga, bases de interiorização.

2ª) Descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais, viabilizando o povoamento do interior e a abertura da Estrada Real São Paulo - Minas Gerais, que curiosamente seguiu a diretriz da Via Sagrada Templária.

3ª) Construção do Caminho Novo pelo cristão novo Garcia Rodrigues Paes, entre as Minas Gerais e o Rio de Janeiro, diminuindo o tempo de viagem para o litoral, além de evitar a perigosa travessia marítima entre Paraty e o Rio de Janeiro povoada de piratas.

4ª) Os bandeirantes paulistas após serem expulsos de Minas Gerais após o fim da guerra dos emboabas, partem rumo a Goiás em busca de novas jazidas de ouro fundando novas cidades, entre elas Pirenópolis, Formosa e Santa Luzia (atual Luziânia) localizadas na região do atual Distrito Federal.

5º) Fundação da cidade de Petrópolis e o florescimento da cultura cafeeira na região de Juiz de Fora que permitiu a construção da Estrada de Rodagem União e Indústria e das ferrovias Barão de Mauá e Central do Brasil, diminuindo as distâncias e facilitando o desenvolvimento do interior.


Estrada União e Indústria na década de 1860


6º) Com a separação do Brasil de Portugal foi lançado o plano de construção de uma nova capital no interior com o nome de Brasília. Em 1877, o Visconde de Porto Seguro em viagem de exploração ao Planalto Central sugere a transferência da capital para a região da cidade de Formosa, na divisa das bacias dos rios São Francisco, Paraná e Araguaia/Tocantins, enfatizando a amenidade do clima e a abundância de água. Curioso notar que a Via Sagrada passa no Centro da cidade de Formosa, que pode ser considerada a gênese do Distrito Federal. A ideia lançada pelo Visconde de Porto Seguro tomou corpo. Em 7 de dezembro de 1890, uma notícia do jornal O Paiz do Rio de Janeiro anunciava o plano de transferência da capital federal para a cidade de Formosa da Imperatriz, em Goiás, antiga Couros, local escolhido pela comissão responsável pela constituição do novo regime, a república. 

7º) Na mesma época o Rio de Janeiro se transforma no centro do espiritismo no Brasil, quando aparecem as primeiras traduções das obras de Kardec para o português. Em 1910 nasce em Pedro Leopoldo, às margens da estrada que liga o Rio de Janeiro ao Planalto Central, Chico Xavier, pilar do movimento espírita. Em 1932 publica seu primeiro livro. Em, 2012, através de pesquisa popular, foi considerado o maior brasileiro de todos os tempos. Curioso notar que a cidade de Pedro Leopoldo dista poucos quilômetros da Via Sagrada Templária que liga a Europa ao Brasil. O espiritismo anuncia a transição para a chegada de uma nova era para a humanidade, na qual o Brasil terá uma posição de destaque como o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho.

8º) Em 1922, em cerimônia com a presença do presidente da república foi lançada em Planaltina, no alto do morro do Centenário, a pedra fundamental da construção de Brasília. A capital só não era transferida em função da precariedade das condições de transporte, que inviabilizava a ligação da capital com o resto do país. O isolamento só foi vencido com o desenvolvimento da aviação comercial.

9º) Finalmente entre 1956 e 1961, na gestão de JK o 21º presidente da república, foi construída a nova capital e aberta a ligação em rodovia pavimentada entre o Rio de Janeiro e Brasília, viabilizando a operação de modernas linhas de ônibus interestaduais.


Empresa Brasília Imperial em 1960


Petrópolis

A cidade de Petrópolis fundada em 1845, às margens da atual rodovia BR-040, para abrigar a residência de verão do Imperador do Brasil, aproveitou o antigo nome sugerido por José Bonifácio.

"Parece-me muito útil, até necessário, que se edifique uma nova capital do império no interior do Brasil para assento da Corte, da Assembleia Legislativa e dos Tribunais Superiores que a constituição determinar. Esta capital poderá chamar-se Petropole ou Brasilia."

A primeira ferrovia do país, a Estrada de Ferro Mauá e a estrada de rodagem União e Indústria foram construídas alguns anos depois, seguindo a diretriz Rio de Janeiro - Minas Gerais, passando por Petrópolis.

Escolha do local da futura capital

Em 28 de julho de 1877, na vila Formosa da Imperatriz, Goiás, o Sr. Visconde de Porto Seguro, responsável por uma comissão de colonização,  envia um ofício ao Sr. Conselheiro Thomaz José Coelho de Almeida, então Ministro da Agricultura, com o seguinte texto:

Revista do Instituto Polytechnico Brasileiro. 1892. p.31


Em 7 de dezembro de 1890, uma notícia do jornal O Paiz anunciava o plano de transferência da capital federal para a cidade de Formosa da Imperatriz, em Goiás, antiga Couros e atual Formosa. Local escolhido pela comissão responsável de estudar a constituição do novo regime, a república.

Na 13ª sessão em 20 de dezembro de 1890, foi apresentada uma emenda ao projeto da constituição assinada por 88 deputados e senadores, que estabelecia:

"Fica pertencendo à União uma zona de 400 léguas quadradas  situadas no Planalto Central da república, a qual será oportunamente demarcada, para nella estabelecer-se a futura capita federal."

Em junho de 1891, Luis Cruls, de origem belga, diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro, foi nomeado chefe da comissão responsável em demarcar no Planalto Central do Brasil uma área de 14.400 quilômetros quadrados reservada, em virtude do artigo 3º da Constituição da República, promulgada em fevereiro de 1891, determinar a transferência da capital da república para o interior do país.

Em junho de 1892, partem do Rio de Janeiro, em trem, os cientistas da Missão Cruls, incumbidos de analisar o sítio da futura capital do Brasil, a ser construída no Planalto Central.


Caderneta de 1894 do engenheiro Hastimphilo de Moura, integrante da Missão Cruls, equipe que demarcou a primeira grande área do Distrito Federal 


Brasília, a capital da nova era, representa a união de 3 correntes espirituais:

1ª - Católica, trazida pela Via Sacra Européia, representada pela Praça do Cruzeiro, ponto mais alto do Plano Piloto e onde foi celebrada a primeira missa da cidade. 

2ª - Egípcia, representada pela mastaba do Monumento JK, localizada abaixo da Praça do Cruzeiro.

3ª - Americana, representada pelo Memorial dos Povos Indígenas

O Palácio da Alvorada, voltado para o nascente, além de representar a conexão do Brasil com o Sol Central e Deus Pai Todo Poderoso, aponta para as grandes civilizações da antiguidade que apoiam o desenvolvimento espiritual do Brasil: Israel, Egito e Índia, ambas situadas na direção do nascente. 


Cartão Postal


O Palácio da Alvorada, construído em 1957 na direção do nascente, foi o primeiro prédio a ser inaugurado. Também foi o único monumento construído nas coordenadas norte e sul, assim como as pirâmides do Egito e o Templo do Jaguar em Tiauanaco. O Vale do Amanhecer em Planaltina, antiga Mestre D´Armas, também se encontra na direção do nascente.

Brasília em 21 de abril de 2023

Nascer do Sol                 06:21   
Meio-dia astronômico     12:10   
Pôr do Sol                       18:00 
Duração do Dia               11:39
Duração da Noite            12:21


A cidade de Brasília foi inaugurada em 1960 na era das aeronaves a jato que possibilitou a transferência da capital para o interior.

Os arquitetos responsáveis pela construção de Brasília. Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, eram do Rio de Janeiro. O presidente JK, natural de Diamantina, cidade localizada na Via Sacra Europeia, foi prefeito de Belo Horizonte e governador de Minas Gerais, antes de assumir a presidência da república. Despachava no Rio de Janeiro, antes de transferir a capital para o Planalto Central em 21 de abril de 1960.

Os funcionários públicos transferidos da velha capital e que deram vida à nova capital, seguiram a linha Rio de Janeiro - Brasília.



JK concluiu em 1960 a pavimentação da ligação direta 
entre o Rio de Janeiro e Brasília no Planalto Central
Manchete, 02/02/1960

Brasília, a cidade da Nova Era
Manchete, 30/04/1960, p.9

Brasília na época das modernas aeronaves. O transporte aéreo permitiu a transferência da capital para local distante e isolado. Foto O Cruzeiro, 1960, p.57.

Mapa - Via Sagrada Rio de Janeiro - Planalto Central no Google Maps


REFERÊNCIAS:

SASSI, Mario. 2000 Conjunção de Dois Planos. Brasília. 

XAVIER, Francisco Cândido. A Caminho da Luz. 1939. Rio de Janeiro. Federação Espírita Brasileira.

MOLL, Gabriela. Guardião da memória de Brasília. Agência Brasília. 04 março 2015. 

Colônia Sacramento

Histórico

Por Paulistânia Tradicional 

O primeiro caminho aberto por terra entre o Brasil e o Uruguai foi obra de um Bandeirante, que também foi embrião do tropeirismo.




Francisco de Brito Peixoto é seu nome, foi um bandeirante vicentista e nasceu no ano de 1650, em Santos-SP. Filho de Anna da Guerra do Prado e de Domingos de Brito Peixoto.

Seu pai foi filho e neto dos povoadores da Capitania de São Vicente (atual Estado de São Paulo/SP), que partiu do Porto de Santos para desbravar o sul brasileiro no fim do século XVII, junto dos filhos Sebastião de Brito Guerra e o próprio Francisco, mais de 60 homens, com armas, munições, mantimentos e ferramentas, fundaram a Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna (atual município de Laguna/SC), no ano de 1676, conforme escritos de Francisco.

Francisco como fundador, ficou em Laguna e, mais tarde, entre 1715 e 1718, com recursos próprios explorou, descobriu, tomou posse e iniciou o povoamento dos campos do Rio Grande de São Pedro do Sul (hoje Estado do Rio Grande do Sul) para a coroa portuguesa, e fez a ligação por terra de Laguna a Rio Grande, a Maldonado, à Colônia do Sacramento e a Montevidéu. 

Francisco aliado aos indígenas minuanos do pampa iniciou os primeiros movimentos pecuários de origem luso-brasileira na região platina.

Numa atitude corajosa ante os castelhanos de Buenos Aires, estabeleceu seu comércio e mandou seus homens para a Colônia de Sacramento, logo a frente, de possessão portuguesa, onde explorou o comércio de gados, mulas, cavalares e couro, a fim de introduzir em São Paulo, inaugurando assim o primeiro caminho entre Sacramento e Laguna e o primeiro movimento de integração da Região do Prata ao Brasil, no caminho que percorria entre Sacramento-Laguna-Paranaguá-Curitiba-Sorocaba-São Paulo.

Pelas notícias dos consecutivos sucessos de suas empreitadas aliados aos indígenas minuanos na condução de gados e muares, novos bandeirantes focaram suas investidas no novo movimento que surgia, a fim de introduzir o muar em São Paulo e na região das Minas. Como Francisco de Souza e Faria, e Cristóvão Pereira de Abreu que desce com uma tropa de bandeirantes, um dos quais tivera contato pessoal com o bandeirante Francisco de Brito Peixoto, que já reunia tropas de mulas e de gados para comércio e condução desde Sacramento.

Passados anos, já em 1726, o bandeirante deixou uma carta para o Rei de Portugal a respeito das terras conquistadas e a relação com os indígenas da região:

No ano de 1726, Francisco de Brito Peixoto escreveu para o Rei:

"Mandei no serviço de S.M. que Deus Guarde, para o Rio Grande de São Pedro 31 homens à minha custa, e por capitão deles o meu genro João de Magalhães, a quem ordenei que chegando à paragem do Rio Grande escolhessem algum lugar que fosse mais conveniente para formarem as suas casas em forma de povoação e logo façam canoas de pau, suficientes para serventia de passagens de gado, encomendando-lhes também aquele zelo e diligência de passarem gado para esta parte da nossa campanha para a multiplicação, pois é um grande serviço que se faz a EI-Rei Nosso Senhor, enxotando-o para o meio da campanha para o dito gado tomar posse (...) Também se me oferece dizer a Vmc. que já desta banda do Rio Grande se acham 800 reses de gado vacum que mandei buscar das campanhas à minha custa (...) por entender que nisso fazia serviço a S.M. que Deus Guarde, para a multiplicação na campanha desta parte, e por não haver nela gado algum e ter capacidade para nela estarem milhões de gado, e na diligência de conduzir mais estou sempre (...) Também digo a Vme. que tenho adquirido a boa amizade dos índios minuanos (...) e ser conveniente ao real serviço a amizade destes gentios, por estarem as campanhas francas para delas se tirar quanto gado quiserem.
Com essas notícias a Coroa passou a investir a partir de 1732 em Sesmarias, dando início ao povoamento luso-brasileiro em terras platinas.

Nunca se casou oficialmente, mas cm Sevirina Dias, indígena Carijó, teve três filhos: Ana, Maria e Sebastião, todos “de Brito Peixoto”. Com outra índia teve mais quatro filhos (Domingo Leite Peixoto, Victor de Brito, Ana da Guerra e Catarina de Brito). Com Paula Dias do Prado, teve o filho Luis de Brito Peixoto, deixando grande descendência em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Uruguai.

Foi preso por ordem do Capitão-Mor Manuel Manso de Avelar, provavelmente por motivação política - já que denunciava os contrabandos na região. Foi liberado em 1º de fevereiro de 1721, quando recebeu do rei João V de Portugal a carta patente de Capitão-Mor das terras de Laguna, da Ilha de Santa Catarina e do Rio Grande de São Pedro, por três anos.

Substituindo Bernardo Cavalcanti de Mello, tornou-se Comandante da Ilha de Santa Catarina, para o período de 1721 a 1728, e governou-a de 1º de fevereiro de 1721 a 25 de outubro de 1724. Interinamente, assumiu a administração, Augusto Xavier de Carvalho.

Depois do episódio, Francisco prendeu Avelar, remeteu-o para a vila de Santos, onde teve seus bens confiscados após inquérito. 

Em 1732, solicitou ao Rei de Portugal concessão de campos e terras de Garopaba/SC até o rio Tramandaí/RS, por seu empenho, posses investidas e serviços prestados à coroa, mas recebeu uma Sesmaria de Légua e Meia em Quadro.

Faleceu em 31 de outubro de 1735, em Laguna/SC, cidade que fundou. Seus restos mortais estão no altar principal da Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos, construída por ele na freguesia em 1696.

Com tais feitos Francisco de Brito Peixoto é considerado um dos maiores bandeirantes de São Paulo, pela iniciativa de tornar a região platina como parte do Império Português, como por ser o precursor dos primeiros movimentos tropeiros do Brasil.

Possui estátuas em sua homenagem no Museu Paulista do Ipiranga, e na cidade que fundou(Laguna-SC).